Gemini AI irá ‘visualizar’ fotos em smartphones apenas nos EUA
A integração do Gemini AI com o Google Fotos começou a ser implementada, permitindo que usuários consultem suas bibliotecas de imagens por meio de comandos em linguagem natural. No entanto, essa funcionalidade está atualmente disponível apenas para usuários nos Estados Unidos, com o sistema configurado em inglês e para maiores de 18 anos.
Com essa integração, é possível realizar buscas por fotos específicas com base em rostos, locais, datas ou descrições, além de obter informações detalhadas das imagens. Por exemplo, o Gemini pode identificar o número da carteira de motorista a partir de uma foto armazenada no Google Fotos. Android Authority
Para ativar a funcionalidade, os usuários devem acessar o aplicativo Gemini, tocar no ícone de perfil no canto superior direito, selecionar “Apps”, navegar até “Mídia” e ativar o Google Fotos.
Até o momento, não há informações sobre a disponibilidade dessa integração em outros países ou idiomas. A expansão global dependerá dos testes iniciais e do feedback dos usuários.
Contras do Gemini AI integrado ao Google Fotos
Vazamento de informações pessoais sensíveis
O Gemini pode acessar documentos fotografados, como RG, CPF, CNH, cartões bancários ou senhas anotadas. Se o sistema for comprometido ou acessado indevidamente, essas informações podem ser roubadas e usadas para fraudes.
Reconhecimento facial sem consentimento
O Gemini pode identificar pessoas nas fotos, relacionamentos entre elas e locais frequentados, mesmo que as pessoas na imagem não tenham consentido com isso. Isso pode gerar problemas legais e invasões de privacidade.
Análise de hábitos e rotina
Com base nas fotos tiradas em horários e locais específicos, a IA pode traçar padrões de comportamento, como onde você trabalha, com quem anda e onde costuma ir. Se essa informação for acessada por terceiros, pode ser usada para roubo, perseguição ou chantagem.
Falsos positivos e interpretações erradas
A IA ainda pode cometer erros de interpretação. Ela pode identificar erroneamente uma situação ou pessoa, levando a decisões equivocadas por parte do usuário ou até por autoridades, caso usado em investigações.
Dependência de nuvem
As imagens precisam ser processadas nos servidores da Google. Isso significa que há sempre o risco de interceptação dos dados durante a transmissão ou violação dos servidores — como já aconteceu em outras empresas.
Possível uso para vigilância em massa
Governos ou empresas podem, em tese, usar essa tecnologia para monitorar pessoas em larga escala, cruzando dados de fotos pessoais com bancos de dados públicos e privados — algo que viola princípios fundamentais de privacidade.